terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ária

Gosto de ópera (e quase me chamei Celeste Aída!), mas não sou entendida no assunto, por isso sempre chego às obras por caminhos inusitados. "Tristes Apprêts", a musica tema desse post, eu conheci via "Marie Antoinette", filme mais pop impossível.

Segundo a Wikipedia... Trata-se de uma ária da ópera Castor e Pollux, de Jean-Phillipe Rameau (1683-1764), considerado um dos maiores compositores franceses, além de teórico da música do período barroco.
Na mitologia grega, Castor e Pollux são irmãos gêmeos, filhos de Lêda e Zeus _para seduzi-la, o deus se transformou em cisne. Quando as crianças nasceram, Zeus reconheceu Pollux como seu filho e lhe concedeu a imortalidade. Mas Castor foi considerado filho do rei de Esparta, marido de Lêda, e, portanto, mortal.

Já adultos, Pollux e Castor apaixonaram-se pela mesma mulher, a princera Télaïre. Ela, por sua vez, amava Castor.
Juntos, os irmãos entraram numa guerra contra o rei Lyncée, e, durante um combate, Castor é ferido e morre.
"Tristes Apprêts" é o lamento de Télaïre diante da morte de seu amado.

A letra é dramática sim e a interpretação, idem _afinal, é uma ópera.
Mas, para mim, não soa exagerado.
Consigo imaginar esse grito de dor de forma completamente real e sincera. Presente com a mesma intensidade mesmo em momentos de silêncio.
Espero que vocês também gostem.

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Tristes apprêts

(e minha tradução capenga)

Tristes apprêts, pâles flambeaux
Preparativos tristes, chamas pálidas
Jour, plus affreux que les ténèbres
Dia, mais horrível que os tenebrosos
Astres lugubres des tombeaux
Astros lúgubres das tumbas
Non, je ne verrai plus que vos clartés funèbres
Não, eu não vou querer mais sua luminosidade fúnebre

Toi, qui vois mon coeur éperdu
Tu, que vês meu coração partido
Père du jour, ô soleil, ô mon père!
Pai do dia, oh Sol, oh meu pai!
Je ne veux plus d'un bien, que Castor a perdu
Eu não quero mais um bem que Castor tenha perdido
Et je renonce à ta lumière
E renuncio à tua luz

Tristes apprêts, pâles flambeaux

Preparativos tristes, chamas pálidas
Jour, plus affreux que les ténèbres
Dia, mais horrível que os tenebrosos
Astres lugubres des tombeaux
Astros lúgubres das tumbas
Non, je ne verrai plus que vos clartés funèbres
Não, eu não vou querer mais sua luminosidade fúnebre

* Uma curiosidade: o signo de Gêmeos está relacionado à história de Castor e Pollux

4 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, lindo, Celeste Aída! (nóó! Já pensou se assim fosse??) Tenho uma relação inconstante com ópera também. Não conheço muito e do pouco que conheço, nem sempre me emociono. Essa sua indicação agradou. Beijim

Ilis disse...

Fulô, que bom tu gostou!
E à medida que a gente vai ouvindo, passa a gostar ainda mais dessa música. Agarantcho.
:)
beijoca!

Anônimo disse...

Nossa...estou tão feliz de ter encontrado a tradução desta musica...muito obrigada...eu a adoro. Gosto muito de opera, mas como vc tb não conheço muitas...
Vc ja ouviu o the flower duet da [opera lakme...ouça, talvez vc goste.bj

Anônimo disse...

Legal gostei deste blog. O meu ouvido tambem não é penico.
Recomento para voce ouvir The Flower Duet da opera Lakmé. No endereço do youtube http://www.youtube.com/watch?v=R9gFBuYc0z0&feature=player_embedded voce vai ouvir/ver uma belissima interpretação de Tuva Semmingsen (mezzo soprano) and Inger Dam-Jensen (soprano)